O 39º Congresso do Andes-SN se associou à convocação do dia de lutas, com paralisações e greves, do dia 18 de março. A data foi abraçada por um amplo conjunto de entidades, várias centrais sindicais e movimentos sociais. Entre o 39º Congresso e a data de 18 de março, vivemos a escalada mundial da pandemia do coronavírus, causador da gripe Covid-19, de alto poder de contágio, com resultados desastrosos em vários países do mundo, notadamente a China e a Itália.
Foi nesse quadro que o Andes-SN realizou a reunião conjuntas dos seus setores da federais e das estaduais/municipais, no último final de semana. Sobre o dia 18/3, o setor resolveu manter as paralisações e as greves ali, onde elas estavam sendo preparadas, mas suspender as manifestações públicas, com aglomeração de milhares de pessoas, tendo em vista o perigo representado por estas atividades na atual situação de expansão do contágio.
Nesta segunda-feira, 16, sessenta instituições de ensino superior de todo o país interromperam suas atividades didáticas presenciais, inclusive a Uece, a Urca e a Uva, com suspensão de aulas e outras atividades entre os dias 17 e 31 de março. Alguns estados adotaram medidas ainda mais duras, impedindo aglomerações de pessoas ou até a abertura de parte do comércio. O fato, por si só, tornou sem efeito nosso chamado a manter a paralisação realizando atos de ruas, já que as três Universidades Estaduais estãoo com atividades suspensas.
A par disso, a reunião dos setores decidiu pela preparação da greve nacional da esfera da educação superior, em associação com o SINASEFE e a FASUBRA. Um manifesto comum foi adotado e um comando nacional das três entidades foi constituído. Desde já, na “guerrilha digital” do dia 18, é necessário começar a preparação da greve conjunta, arma fundamental na luta para derrotar o governo Bolsonaro, reaver direitos, recompor o orçamento das instituições e barrar as novas contrarreformas.
Atendendo a orientação nacional, o Fórum das 3, entidade que reúne Sinduece, Sindiuva e Sindurca, chama todas(os) as(os) docentes a se manifestarem intensamente em suas redes sociais em defesa dos direitos, contra as novas contrarreformas que o Governo, aproveitando a crise na saúde, além das que busca implementar, como a administrativa, a tributária, o novo pacto federativo, todas atentatórias ao serviço público a que a população tem direito.
A pandemia nos alerta para a necessidade de defender a ciência, a tecnologia e, assim, as instituições públicas de ensino superior, o Sistema Único de Saúde e de derrubar o teto dos gastos, revogando a EC 95 à Constituição Federal, a EC 88, do teto dos gastos estadual. Somam-se às reivindicações a revogação da reforma da previdência e a nossa campanha salarial unificada, com a reposição de 26% para os salários do funcionalismo público estadual, decorrentes de 5 anos de corrosão inflacionária, imposta pelo Governo Camilo Santa. Assim, luta ganha novos cenários nesse contexto, o Fórum das 3 convoca todas e todos para a campanha “O Grito não se sufoca – da janela, com apitos e cartazes, contra Bolsonaro/Mourão”, às 20h30min! Pela defesa do SUS e pelo apoio à Greve Nacional dos Docentes.
As Diretoria do Sinduece, do Sindiuva e do Sindurca