do Ceará. O objetivo era pressionar o Governo do Ceará para marcar uma audiência pública a fim de tratar das reivindicações e necessidades urgentes para as comunidades dessas regiões. As paralisações foram registradas na CE-187 em Crateús, na CE-085 em Caucaia e na CE-040 em Fortim. Servidores públicos também promoveram protesto diante do Palácio da Abolição.
De acordo com a Carta Aberta assinada pelas comunidades, movimentos sociais e sindicatos, como a SINDUECE, e entregue à governadora Izolda Cela durante inauguração de base policial no município de Tabuleiro do Norte, também nesta segunda, o “Ceará tem sido palco de projetos que adoecem e massacram nosso povo, que devastam a natureza alguns deles em parceria com o governo genocida”. Agronegócio, mineração, grandes barragens e a privatização do litoral são apontados como atividades que impactam a proteção ambiental e precarizam a vida das populações locais.
“Somos comunidades pescadoras espalhadas pelo Ceará, somos marisqueiras, donas de casa, indígenas, quilombolas, famílias de pequenos agricultores, povos do mar, dos rios, das florestas e das cidades, somos juventude do meio popular, operários(as), professores(as), sem terra, sem teto, gente de periferia, explorada, oprimida”, descreve a Carta. De acordo com o documento, as dificuldades que mais afligem o povo cearense neste momento são a falta de moradia e a fome e o Governo do Estado deveria priorizar recursos para superação dessas questões. “Ano passado, tentamos por mais de uma vez marcar audiência com a Secretaria de Desenvolvimento Agrário. Nenhuma resposta nos foi dada. No dia 16 de agosto deste ano, a comissão de mulheres e crianças de várias comunidades espalhadas pelo Ceará entregou uma carta à governadora Izolda Cela. Recebemos ofício da parte de uma de suas secretarias. O documento nada dizia sobre a audiência pretendida pelas comunidades”, relata o texto.
As manifestações obtiveram como resposta do Governo a marcação de reunião com a Assessoria Especial de Relações Institucionais.