A SINDUECE repudia a ação truculenta e ilegal da Polícia Civil que na última quinta-feira (7) invadiu a Cozinha Solidária do Jangurussu pela porta dos fundos e ameaçou voluntários do projeto mantido pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Segundo relato dos que estavam no local, os agentes chegaram armados por volta das 8h15 da manhã em carros descaracterizados e não se identificaram como policiais. Mesmo sem mandado judicial, eles revistaram todo o local, fizeram perguntas sobre a cozinha, intimidaram voluntários e não deixaram a cozinheira sair do local.
Segundo Sérgio Farias, coordenador nacional do MTST, em entrevista ao site Brasil de Fato, ao percorrer as ruas do Jangurussu, percebeu que uma ação da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) ocorria em todo o bairro. Em nota, a SSPDS informou que a Coordenadoria Integrada de Planejamento Operacional (Copol) realizou naquele dia mais uma operação “Domus” no bairro Jangurussu e que objetivo era o de coibir Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLIs) e Violentos Contra o Patrimônio (CVPs), além de identificar pessoas envolvidas com grupos criminosos.
Ao mesmo tempo em que se solidariza com todos os que fazem a Cozinha Solidária do Jangurussu, que funciona há três meses e já serviu 15 mil refeições sem apoio do poder público, a SINDUECE cobra uma explicação do Governo do Estado. A quem servem esses agentes públicos armados que deveriam proteger a população? A quem interessa intimidar um projeto que beneficia pessoas em situação de vulnerabilidade no momento em que 60% dos brasileiros convivem com a insegurança alimentar?
Com informações do MTST e do site Brasil de Fato.