No próximo sábado (13), a partir das 8h30, servidoras e servidores públicos federais, estaduais e municipais participarão da Plenária Nacional contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32. As vagas são limitadas e as inscrições para a atividade, que ocorrerá pela internet, podem ser realizadas aqui. A chamada reforma Administrativa representa o desmonte dos serviços públicos e um profundo ataque aos direitos do funcionalismo público municipal, estadual e federal.
Organizada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e pelo Fórum das Centrais Sindicais, a plenária será um momento de troca de experiências e reflexões sobre a luta empreendida até o momento contra a PEC 32, além de projetar um calendário de mobilização em comum entre as organizações. Em reunião realizada na última quinta-feira (4), as centrais sindicais e entidades que organizam as categorias do setor público indicaram o dia 8 de dezembro para um novo Dia Nacional de Lutas.
As servidoras e os servidores públicos estão prestes a completar dois meses de luta incessante, com atos em Brasília semanalmente, além de dias de mobilização nacional, como o ocorrido no dia 28 de outubro, Dia da Servidora e do Servidor público, e em 18 de agosto.
Rivânia Moura, presidenta do ANDES-SN, reforça a importância da participação das e dos docentes na plenária do dia 13. Ela lembra que a luta contra a PEC 32 ganhou novo fôlego a partir de uma plenária nacional, também com os três segmentos dos servidores públicos, que aconteceu em julho de 2021, com mais de 5 mil servidores e servidoras.
“Dali foi tirado o dia nacional de luta em 18 de agosto e a intensificação da nossa luta passou a ser pautada em outro patamar de enfrentamento, que se desdobrou nessa jornada de lutas em Brasília, que estamos mantendo há 8 semanas. Por isso, essa nova plenária dos três segmentos dos servidores públicos é muito importante para pensar as novas ações de luta e enfrentamento. É fundamental que os e as docentes participem dessa plenária, porque o ANDES-SN tem sido uma das principais entidades a manter um maior número de participação [nos atos] em Brasília”, destaca.
A presidenta do Sindicato Nacional ressalta, ainda, que a atividade do próximo sábado será muito importante para compartilhar a experiência do que têm sido esses dias de luta na capital federal. “E também para trazer ânimo para a continuidade das ações contra o e para a continuidade dessa batalha imprescindível para derrubar esse projeto do governo Bolsonaro, que promove a destruição dos serviços púbicos”, acrescenta.
Rivânia lembra também que está previsto um dia nacional de luta para dezembro, contra a PEC 32 e contra o governo Bolsonaro, com atos nos estados e em Brasília. “Fica o nosso chamado para compor esse espaço, participar dessa plenária e fazer ainda desse dia em dezembro uma data muito importante para as nossas lutas e para os nossos próximos passos de enfrentamento à PEC 32. Derrotar Bolsonaro significa derrotar também suas pautas. E essa pauta precisa ser derrubada nas ruas, na luta, com pressão junto aos parlamentares nos estados, para que possamos enterrar de vez essa PEC tão destrutiva para os servidores e as servidoras, para os serviços públicos e para a população”, conclui.
Protestos continuam
As servidoras e os servidores, incluindo docentes das seções sindicais e da diretoria nacional do ANDES-SN, seguem em Brasília, em protesto permanente contra a PEC 32. Na manhã dessa terça-feira (9), quem chegou ao aeroporto da capital federal, assim como nas últimas semanas, se deparou com o protesto contra a reforma Administrativa. Faixas e cartazes destacavam para os riscos de aprovação da medida, assim como alertavam aos e às parlamentares que desembarcavam que “quem votar, não volta”, em alusão à eleição do próximo ano.
No período da tarde, as e os manifestantes se concentraram no Anexo 2 da Câmara dos Deputados, dando sequência ao protesto. Nos próximos dias, novas atividades contra a PEC 32 ocorrerão na Esplanada dos Ministérios.
Tramitação
A PEC 32/20 poderá ser discutida e votada a qualquer momento em plenário da Câmara dos Deputados. Para aprovar uma PEC são necessários votos de, pelo menos, 308 votos a favor, nos dois turnos da votação na Câmara. Já no Senado, são necessários 49 votos, também em dois turnos. Caso o texto enviado ao Senado seja alterado, a proposta volta para ser apreciada novamente na Câmara dos Deputados.
Texto da ascom do ANDES-SN.