No mesmo dia em que lançamos a nova fase da campanha salarial e uma semana depois do ato na Assembleia Legislativa do Ceará (ALCE), começou a tramitar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que visa prorrogar de forma excepcional os contratos temporários de docentes das universidades estaduais. No caso da Universidade Estadual do Ceará, a luta tem sido feita por professores e estudantes para que docentes substitutos e temporários com contratos previstos para acabar no último dia deste mês deem continuidade às atividades desenvolvidas até 31 de janeiro de 2022, concluindo o semestre 2021.1.
Essa é a quarta prorrogação via PEC conquistada durante a pandemia para que os cursos da UECE não fiquem sem professores. Texto semelhante foi aprovado antes em duas ocasiões no ano passado, em abril e dezembro, e por uma vez em 2021, no mês de maio. A medida excepcional é uma vitória, mas escancara um problema histórico na UECE: a carência de professores efetivos. “Estamos aqui na defesa fundamental para que haja concurso público na demanda docente, que é de mais de 400 vagas. Enquanto isso, queremos que haja prorrogação de contratos na medida em que estamos precisando neste momento de ter professores e professoras em sala de aula para que a gente não tenha interrupção do semestre e das nossas aulas”, defendeu a presidenta da SINDUECE, Virgínia Assunção, durante ato na ALCE.
Confira vídeo da professora do curso de Psicologia, Melina Gomes, sobre a importância da prorrogação excepcional dos contratos.
Segundo informação do deputado Renato Roseno (PSOL), a PEC de autoria do governador deve ser votada na próxima quarta-feira, dia 27, pelo parlamento estadual. No mesmo dia, a SINDUECE participa pela manhã de ato organizado pelo Fórum Unificado Das Associações e Sindicatos dos Servidores Públicos do Ceará (FUASPEC) e aproveita para convidar docentes a somar: com concentração marcada às 8h na Praça da Imprensa, em Fortaleza, a manifestação se dirige para a Assembleia Legislativa do Ceará, onde a PEC será votada.