Teve início na segunda-feira (13) a Jornada de Luta contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2020. De acordo com a agenda da semana de mobilização, servidores e servidoras federais, estaduais e municipais de todo o país estão em Brasília (DF) para pressionar parlamentares a se posicionarem contra a medida que ataca os serviços públicos e funcionalismo das três esferas. Com a intensa mobilização, a votação da PEC na Comissão Especial da Câmara Federal foi adiada.
Em Fortaleza, um ato unificado organizado pelas centrais sindicais e frentes em defesa do serviço público foi realizado na manhã de terça-feira (14). A manifestação foi iniciada na Praça da Imprensa, no bairro Dionísio Torres, e findou em frente à Assembleia Legislativa do Ceará. “Nós estamos aqui para denunciar essa PEC 32 da contrarreforma administrativa que faz a demolição do serviço público. Nosso grito que unifica a classe trabalhadora é o Fora Bolsonaro, não aguentamos mais a carestia, os preços, o gás, a comida que falta no prato, a vacina que não chega no braço”, explicou a presidenta da SINDUECE, Virgínia Assunção.
Segundo a presidenta do ANDES-SN, Rivânia Moura, essa é uma semana decisiva para conseguir barrar a PEC na Câmara Federal. “O governo precisa de 308 votos, em dois turnos, para que ela seja aprovada e siga para votação no Senado. E a nossa perspectiva é derrubar agora essa PEC e, junto com ela, esse governo que tem sido um grande ataque às nossas vidas, aos serviços públicos e às conquistas do trabalhadores e das trabalhadoras”, afirmou. Presente no ato em Fortaleza para fortalecer as atividades para além da capital federal, Rivânia convocou a categoria docente a permancer em luta. “Derrotar o governo Bolsonaro é também derrotar suas pautas. É preciso lutar todos os dias. Dia 2 de outubro faremos mais uma grande mobilização nacional pelo Fora Bolsonaro”, anunciou.
A votação da chamada Reforma Administrativa foi adiada para a próxima semana. A PEC 32 estava prevista para ser lida e votada nessa semana na Comissão Especial da Câmara dos Deputados que analisa o substitutivo apresentado pelo relator, Arthur Maia (DEM-BA). No entanto, a pressão da mobilização dos trabalhadoras e trabalhadores do serviço público das três esferas – federal, estadual e municipal – junto aos deputados e às deputadas e também à população fez com que a votação fosse adiada.
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Com informações da ascom do ANDES-SN.