Na última segunda-feira (9), ativistas internacionais pró-Palestina foram sequestrados pelo Estado de Israel em águas internacionais, enquanto levavam ajuda humanitária à população cercada da Faixa de Gaza. A embarcação Madleen, da Coalizão Flotilha da Liberdade, transportava 12 tripulantes, entre eles, o brasileiro Thiago Ávila e a ativista climática sueca Greta Thunberg, e levava suprimentos humanitários como medicamentos, filtros de água e alimentos.
Na terça (10), após o ocorrido, veículos de notícias já informaram o encaminhamento da deportação dos ativistas interceptados. Os tripulantes documentaram a navegação pelas redes sociais, antes de terem seu sinal de internet cortado, e convocaram a atenção dos órgãos internacionais ao bloqueio que ocorre desde março de 2025 e impede qualquer entrada de ajuda humanitária em Gaza. A política de cerco e isolamento, somada à campanha militar de extermínio, compõe um quadro de genocídio e apartheid contra o povo palestino.
O episódio da Madleen é mais um flagrante de violação ao direito internacional e aos direitos humanos da já longa lista do regime sionista de Israel, e exige uma resposta firme de toda a comunidade internacional. Nesse sentido, é imperativo que o governo brasileiro rompa imediatamente todas as relações diplomáticas, comerciais, militares e acadêmicas com o governo de Benjamin Netanyahu. Permanecer omisso ou na tentativa de teatralizar diplomacia é ser cúmplice do massacre em curso.
O ANDES-SN, com longa trajetória de solidariedade internacionalista, já lançou nota exigindo a libertação imediata dos/as tripulantes da Flotilha. Em coerência com essa posição, a sua seção sindical Sinduece aprovou por unanimidade, em sua última assembleia docente, uma moção em defesa da Palestina Livre e em repúdio ao regime sionista e genocida de Israel. O texto afirma:
“A defesa do direito do povo palestino ao seu território e a luta contra o genocídio praticado pelos invasores da Palestina é parte da luta de todos os povos contra o terror imposto pelo imperialismo, com suas ações em Gaza, no Brasil e em várias partes do mundo.
Deter o avanço das forças mais violentas do capitalismo é uma tarefa de todos os povos que lutam pela soberania, autodeterminação, dignidade humana e a paz mundial.
Pela imediata libertação dos sequestrados pelos sionistas.
Pela punição de todos os sionistas, nazistas e fascistas, criminosos de guerra.
Pela punição dos fascistas no Brasil!”
Seguiremos denunciando o genocídio, exigindo o fim do bloqueio a Gaza, e fortalecendo a luta por uma Palestina Livre, do rio ao mar.