A deflagração de greve dos docentes da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) completa uma semana e segue por tempo indeterminado, diante do acúmulo de perdas salariais de 22,9% e da necessidade de recomposição orçamentária da instituição.
A Associação dos Docentes da UEPB (ADUEPB) destaca que os principais pontos da pauta de negociação incluem:
- O pagamento retroativo das progressões funcionais referentes ao período de 2018 a 2023, congeladas por lei estadual;
- Recomposição orçamentária da universidade, que impacta diretamente na contratação de novos docentes e no funcionamento pleno da instituição;
- Necessidade de melhores condições de trabalho. A categoria também denuncia o uso recorrente de contratos temporários, que já ultrapassam 390 vínculos precários, precarizando a docência e fragilizando o tripé universitário.
O Comando de Greve informou já ter ocorrido avanços: compromisso de retomada das negociações entre o sindicato e o governo estadual, por meio do presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba. Esse é um passo importante para que a categoria discuta suas reivindicações e possa retomar as atividades.
A Sinduece manifesta sua irrestrita solidariedade às/aos companheiras/os da Paraíba. Reconhecemos que a greve é sempre a última alternativa, acionada quando todas as vias de diálogo e negociação se esgotam. Que essa luta resulte em uma recomposição salarial capaz de recuperar o poder de compra, garantir qualidade de vida e saúde mental às/aos docentes, e que traga ganhos permanentes e investimentos estruturais para a universidade.
Reafirmamos: a luta por valorização profissional é também a luta pela defesa da universidade pública como patrimônio da classe trabalhadora.