A Sinduece acompanha com preocupação os desdobramentos do movimento de ocupação de uma sala no Centro de Humanidades. Acreditamos na possibilidade de reabertura dos canais de diálogo e a Sinduece se coloca à disposição na tentativa de mediar esse impasse.
A Universidade é um espaço privilegiado ao exercício do pensamento crítico e do debate fraterno. E a Autonomia Universitária assegura às instituições de ensino superior a liberdade de gestão acadêmica, administrativa e patrimonial, sendo geridas diretamente por membros da própria comunidade universitária.
Nesse sentido, expressamos nossa solidariedade à professora Kadma Marques diante dos insultos – sobretudo de caráter misógino – que vem sofrendo pela sua atuação como Diretora do CH da UECE.
O movimento estudantil é igualmente parte essencial da vida universitária, um patrimônio vivo que estimula o nosso senso de indignação e de inconformismo diante de injustiças e desigualdades. É incabível lançar sobre estudantes medidas tão severas. Não há indícios, até o momento, de que o movimento tenha agido de modo que justifique ser tratado, literalmente, como caso de polícia.
Lutar não é crime!
Direcionamos esse chamado à administração superior e intermediária, bem como aos coletivos estudantis no intuito de restabelecimento do diálogo, ao tempo que reafirmamos nossa disposição para construir consensos.
Sem criminalização e sem escracho. Paz entre nós!
