Hoje, é com profundo pesar e corações entristecidos que recebemos a notícia do falecimento do nosso estimado companheiro de lutas, Professor Alex Santos. Sua partida deixa uma lacuna, não apenas na comunidade acadêmica da UECE, onde exerceu com maestria o cargo de professor no curso de Pedagogia da UECE, mas também no Conselho Municipal de Política Cultural (CMPC), no qual desempenhou o papel de conselheiro com dedicação e comprometimento ímpares.
Alex não foi apenas um educador exemplar, mas um incansável militante que jamais perdeu sua sensibilidade, esperança e visão de um futuro mais justo e igualitário. Sua alma, eternamente jovem, pulsa em sua poesia revolucionária, que continuará ecoando em nossos corações, lembrando-nos dos sonhos compartilhados e renovando nossa força na contínua busca por um mundo mais justo.
Ao longo de sua trajetória, nosso querido amigo deixou-nos um legado de perseverança e otimismo, recusando-se a desistir diante do cansaço da luta. Hoje, nos despedimos para além das lágrimas tristes, pois reconhecemos que Alex gostaria de ser lembrado, não só com a tristeza da perda, mas também por toda a bravura com que levou a vida.
Expressamos nossa solidariedade mais sincera à família, aos amigos e amigas, e a todas/os que foram tocados por sua arte e luta incansável. Que sua memória seja um farol que nos guie nos dias difíceis e nos inspire a seguir adiante na construção de um mundo mais justo e humano.
Alex Presente, hoje e sempre. Adeus, grande amigo.
Poema “Vence a estética da base”
Foram tempos de pujantes diálogos,
de partilhas políticas sensíveis
definidas pela estética da base
num construto coletivo e classista.
Árduos percursos foram desenhados
sem ajuda do Google Maps
e nesses itinerários os rastros
que pintam a autonomia sindical.
Na cartografia do sindicalismo independente
continua a mistura quente do acerto
que ousa sonhar com coragem para lutar,
incendiando corações e mentes.
A pulsação de força comovente
mobilizou milhares de camaradas
a caminharem nas estradas da conquista
que será celebrada por nossa gente.
Depois do fardo pesado da campanha
a leveza da vitória nos acompanha
feito a brisa suave de Zéfiro
a tocar na alma que arde em chamas.
Seguiremos firmes o caminhar
nas veredas que a base decidir atravessar,
combatendo o reformismo dos governos
e o neoliberalismo do mercado.
Jamais nos renderemos ao rentismo,
faremos os enfrentamentos necessários
juntes da classe e pela base
até derrotarmos o capitalismo.