Recebemos com indignação a notícia de que a professora Bruna Dayane, do Curso de Geografia e do Conselho de Representantes, foi alvo de agressão verbal e perseguição por parte de um aluno do seu curso. A Sinduece repudia a violência de gênero ocorrida com a docente e solidariza-se incondicionalmente com a professora, se comprometendo a apoiá-la em todas as medidas cabíveis para garantir que esse estudante seja responsabilizado por seus atos ilícitos.
É inadmissível que docentes, principalmente as mulheres, estejam em uma posição tão vulnerável e exposta. Essa situação agrava-se com a lentidão da resposta quando ocorre as denúncias, que permite que indivíduos se sintam protegidos o suficiente para cometer tais ofensas contra alguém que representa uma figura de autoridade em sala de aula. As professoras são frequentemente alvo de violência, tanto da administração superior, quanto de seus colegas e até de seus estudantes. Essa é uma realidade que não pode mais ser tolerada e tida como comum. Precisamos urgentemente modificá-la.
A administração da universidade precisa de imediato de um Plano de Ação, elaborado em conjunto com docentes, suas Pró-reitorias e Secretarias, para inibir esse tipo de comportamento e, mais do que isso, uma estratégia efetiva para quando, infelizmente, esses casos ocorrerem. Como a Universidade irá proteger suas professoras e professores quando estes forem alvo de quem deveria respeitá-los? Como retornar ao ambiente de trabalho sem nenhuma garantia de segurança? Como lecionar sabendo que seu agressor a assiste? Onde está o amparo psicológico para quem sofreu tamanha violência?
A Sinduece já acionou sua Assessoria Jurídica e reiteramos nossa total disponibilidade para atuar em conjunto com a professora no que for necessário ante os crimes e demais ilícitos cometidos pelo estudante. Pedimos aos colegas que se juntem a nós em solidariedade à professora. É hora de unirmos forças para combater a violência e garantir um ambiente seguro e respeitoso para todas, todos e todes da comunidade acadêmica.