SINDUECE

Assembleia docente delibera criação do Comitê da UECE em defesa da Educação e da Democracia

sexta-feira (9), no Campus do Itaperi, deliberaram a criação do Comitê da UECE em defesa da Educação e da Democracia. A proposta foi apresentada pela Diretoria e aprovada por unanimidade. Além deste tema, a assembleia foi espaço para discussão da campanha “Lutar não é Crime”, em apoio ao Movimento Estudantil, e também de informes sobre a atuação sindical.

A assembleia foi iniciada com um momento de reflexão e poesia proporcionado por Camila Holanda, que levou para o auditório do prédio do Núcleo de Pesquisa e Inovação em Saúde Coletiva (Nupeinsc) texto de Mia Couto sobre o Brasil. O encerramento se dá com um desejo: “O meu maior desejo é que os brasileiros superem de vez e para sempre esta sua passagem pelo inferno. O Brasil que ganhou o respeito do mundo não pode ser representado senão por alguém que celebra a vida e que defende o tesouro maior da nação brasileira: a infinita diversidade do seu passado e pluralidade do seu futuro”.

Na sequência, Raquel Dias, vice-presidenta da SINDUECE explicou a ideia de criar um comitê durante o período eleitoral na UECE cujo objetivo seria fomentar atividades que agitem a comunidade acadêmica em defesa dos temas caros à universidade. “O comitê não é para dar apoio a uma candidatura específica. A pauta principal do sindicato é a Educação, então será um comitê em defesa da Educação, que é o que podemos apresentar às candidaturas. Se os e as candidatas, independentemente do cargo a que concorrem, não tiverem apreço pela Educação, não nos interessa”, frisou. De acordo com ela, o comitê terá ainda como foco a defesa da democracia. “Vamos colocar em debate esses dois pontos principais e o sindicato vai participar como potencializador, porque a ideia é que o comitê tenha participação dos movimentos sociais e da comunidade acadêmica”, ressaltou.

Também presente na reunião, Zuleide Queiroz, que integrou a diretoria nacional do ANDES-SN, aproveitou para compartilhar a experiência do comitê criado na Universidade Regional do Cariri com o mesmo intuito. “A gente se encontra toda quinta-feira no mesmo horário e no mesmo local para as pessoas saberem. Além disso a gente promove atividades, como debates em defesa da Educação dentro da universidade”, relatou. “Isso é importante porque às vezes a gente entra na universidade e bate um desespero: parece que nada está acontecendo!”, enfatizou sobre a mobilização da comunidade acadêmica diante do período eleitoral. Com a mesma avaliação, Ernandi Mendes defendeu que é necessário ter um local para irradiar as ideias e permitir acesso a conteúdos programáticos e chamou atenção ainda para as determinações da legislação eleitoral.

Com a aprovação pela assembleia, a primeira reunião de organização do Comitê da UECE em defesa da Educação e da Democracia ficou marcada para segunda-feira (12), às 16h, na sede da SINDUECE, e o lançamento, previsto para a próxima quinta-feira (15), às 18h, no Bloco I, do Campus do Itaperi, em Fortaleza.

Integrantes do Movimento Estudantil apresentaram ainda situações de precariedade nas políticas de permanência promovidas pela UECE, com destaque para a situação do Restaurante Universitário. Sobre isso e também sobre a questão das 31 vagas que ficaram vazias após a renovação dos contratos de 80 docentes substitutos e temporários e do parecer da Procuradoria Geral do Estado (PGE) – que excluiu o ano de 2021 do pagamento de retroativos em processos de desenvolvimento da carreira -, a assembleia deliberou a solicitação de audiências com a Reitoria e com a Pró-Reitoria de Políticas Estudantis da UECE.

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