SINDUECE

Campanha: Elmano, pague o que me deve! – Sinduece intensifica reivindicação nas redes sociais pelo destravamento dos processos de ascensão

A Sinduece lançou nesta quarta-feira (6) uma campanha nas redes sociais denunciando a paralisação dos processos de ascensão de professoras e professores da UECE. Sob o mote Elmano, pague o que me deve!”, o movimento busca dar visibilidade ao descaso enfrentado pela categoria, com processos travados por meses ou até anos. Alguns casos relatam períodos de espera que ultrapassam 1500 dias, impactando diretamente a carreira docente, o poder aquisitivo e a vida pessoal dos trabalhadores da educação.

Mesmo com a aprovação do PL das Ascensões (Lei n.º 18.918/24), que deveria destravar os processos e garantir o pagamento de retroativos, os entraves continuam. Na prática, os processos avançam lentamente, frequentemente sendo devolvidos a setores como o DEGEP, que justifica os atrasos por “excesso de demanda” e “falta de pessoal especializado”. Além disso, no último dia 21 de outubro, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) emitiu um novo parecer vedando o direito ao pagamento de retroativos para docentes com processos de promoção que tramitam há meses e até anos, uma leitura considerada abusiva e arbitrária pela categoria.

A Reitoria da UECE, mesmo diante da natureza opinativa do parecer, o acatou sem resistência, provocando ainda mais insatisfação entre as/os professoras/es. O retorno desses processos ao início do trâmite ameaça estender os atrasos para 2025, gerando novas frustrações e desrespeito às conquistas garantidas pela greve recente.

A campanha visa mobilizar a comunidade acadêmica e a sociedade contra o que é visto como um descaso com o papel dos docentes na universidade e no desenvolvimento do ensino superior no estado. A Sinduece convida professoras e professores a utilizarem o template disponibilizado nas redes sociais para denunciar publicamente seus casos, marcando a UECE, o governo estadual e demais instâncias responsáveis.

“Essa paralisação não é apenas burocrática, é uma agressão à nossa carreira, ao nosso trabalho e ao desenvolvimento da universidade. Ignora o tempo dedicado ao ensino, à pesquisa, à extensão em âmbito nacional e internacional, desrespeitando o investimento em nosso trabalho diário”, afirma a direção do sindicato.

A luta segue firme e com visibilidade crescente, na expectativa de que as demandas sejam atendidas sem mais delongas.

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