Desde segunda-feira (8), manifestantes estão realizando atos em Brasília, na oitava semana seguida de protestos contra a PEC 32. Além dos tradicionais atos nos aeroportos, a programação desta semana conta com a participação de representantes docentes nas reuniões das Comissões de Educação e de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados para denunciar os atrasos no pagamento das bolsas do Pibid e de Residência Pedagógica e ainda cobrar a reposição do orçamento destinado à educação federal. Nesta quarta-feira (10), a professora Sâmbara Paula Ribeiro e o professor Nilson Cardoso participaram desses espaços no Congresso Nacional, ela como 1ª vice-presidenta da Regional Nordeste 1 do ANDES-SN e ele como presidente do Fórum de Coordenação do Pibid (Forpibid).
Sâmbara Paula Ribeiro acompanhou na manhã desta quarta a reunião da Comissão de Educação (CE) da Câmara, que discutiu e aprovou emendas da CE ao Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) 2022. Foram apresentadas dez sugestões. No entanto, apenas quatro foram aprovadas: uma de apoio ao desenvolvimento a educação básica nacional, outra de apoio à infraestrutura para educação básica, uma terceira para fomento ao desenvolvimento e modernização do sistema de ensino de educação profissional e tecnológica e a quarta para apoio à consolidação, reestruturação e modernização das instituições federais de ensino superior.
“Contemplaram os três níveis de ensino. Mas todas as emendas são sugestões de continuidade ou fortalecimento de algo que já existe e já vem funcionando nessas diferentes esferas da educação. Ou seja, foi mais para reforçar o que já vem existindo”, comentou Sâmbara, ressaltando que não houve direcionamento de novos recursos ou recomposição orçamentária.
Após a votação das emendas, houve audiência com o presidente do Instituto Nacional Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Danilo Dupas. Ele foi convocado a prestar esclarecimentos sobre as demissões ocorridas no órgão e a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2021, previsto para ocorrer nas próximas semanas.
De acordo com a diretora do ANDES-SN, em sua fala, Dupas afirmou estar em controle da situação, e ser um gestor responsável e idôneo. No entanto, a afirmação foi rebatida por vários parlamentares.
“Os deputados revidaram a fala dele e afirmaram que não existe tranquilidade, e que a Educação passa por um momento de muita turbulência e caos e o que temos enfrentado é um projeto de desmonte da educação por parte do governo. Ou seja, aquilo que o ANDES-SN já aponta e critica há anos. O desmonte da educação que esse governo vem implementando com muito empenho”, comentou a diretora do ANDES-SN.
Já Nilson Cardoso está desde a semana passada na capital federal cobrando o pagamento de mais de 60 mil bolsas de estudantes dos programas de Residência Pedagógica (RP) e Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (Pibid). O governo de Jair Bolsonaro não pagou o valor referente a setembro de bolsas dos dois programas de apoio à formação de professoras e professores e o motivo alegado é a falta de orçamento.
Com informações da ascom do ANDES-SN.