Após a vitoriosa assembleia que aprovou a manutenção da greve por unanimidade entre as(os) 270 professoras(es), tivemos um conjunto de movimentação que nos faz entoar a canção, pois “o tempo rodou num instante”, tal como um pião.
A Reitoria convocou a diretoria da Sinduece para uma reunião, dando um passo importante em nossa direção, na direção da categoria. No encontro, assumiu papel central de interlocução ante ao que reivindicamos e, sob o que estava ao seu alcance, foi nos apresentando cenários, possibilidades e sob o que dependia de outros agentes, comprometendo-se em fazer intermediação. Passamos a fazer considerações sobre pontos que resultarão em alteração na pauta de reinvindicações, caso seja aprovado em assembleia, pois apontamos nosso compromisso de levar até a base qualquer decisão que venha a ser tomada. Apresentamos nossa inteira adesão às reivindicações das entidades estudantis, as quais ora constroem mobilização do movimento estudantil.
Avaliamos o momento como vitorioso, pois houve o reconhecimento da justeza dos pontos apresentados e a Reitoria divulgará a ata relatando as discussões, as posições e os acertos feitos.
Convém destacar que, durante a reunião, recebemos com desagravo e preocupação a uma nova decisão liminar contra o movimento sindical travado pela Sindurca. Imediatamente, interrompemos nossas discussões e pedimos intervenção do Prof. Hidelbrando junto ao Governo do Estado, requerendo o fim da criminalização do movimento sindical, da greve e dada a decisão que requer a penalização de dirigentes, a perseguição à classe trabalhadora que luta, apenas luta por garantia de direitos e por mais conquistas. Dada a imediata adesão ao pedido, a reunião se encerrou e os resultados da reunião, como dissemos, serão divulgados pela ata registrada pela Reitoria.
O retorno da movimentação deu-se ainda na tarde de ontem e nos colocou em avaliação com as demais seções sindicais em greve, suas assessorias jurídicas (local e nacional), entre a direção de cada um dos sindicatos. O Governo propôs a suspensão das medidas judiciais e a instalação de uma mesa de negociação para tratar dos pontos apresentados. Em contrapartida, devemos apresentar formalmente e em até dois dias, resposta sobre a adesão ao que nos indicam. Em que pese o teor da proposta, interpretamos como importante movimentação, primeiro do Prof. Hidelbrando, que atendeu ao pedido de intermediação e segundo do Governo, que reconhece a necessidade de retomar negociação e possibilidade de suspender a criminalização por via judicial.
Mesmo diante da urgência , nosso método é de decisão pela base e com a base. Esse é o método historicamente construído pelo Andes – Sindicato Nacional e como seção sindical, sempre fomos orientados por esse princípio. A resposta não pode ser dada sem que antes haja uma assembleia geral, independente do seu teor e dada exigências regimentais, não pode ocorrer em menos de 48h, após a divulgação do edital.
Ainda no dia de ontem, protocolamos junto à Funece resposta sobre o atendimento às exigências do Processo nº 3001195-87.2024.8.06.0000, com o plano de manutenção das atividades essenciais durante o movimento paredista iniciado em 04/04/2024. Hoje, faremos a interposição do recurso jurídico recorrendo da decisão liminar que classifica a nossa greve como ilegal. Lutar não é ilegal!
A Diretoria da Sinduece avaliou e decide por convocar a assembleia docente para deliberação sobre a proposta apresentada, na próxima segunda-feira, 15 de abril, às 9h em local a decidir. Até lá realizaremos reunião com o comando de greve e com conselho de representantes, convidando todas e todos para discutirem sobre os rumos da greve deflagrada pela categoria docente.
Firmes na Luta!