Movimentos populares do campo e da cidade, indígenas, associações e sindicatos realizaram na manhã desta quinta-feira (29) nova manifestação em rodovia do Ceará. O objetivo é alcançar uma audiência com a governadora Izolda Cela. Segundo nota de reivindicações, o movimento cobra há sete anos uma reunião com o Executivo cearense para pautar questões de interesse das classes populares, como moradia digna, qualidade dos serviços públicos, garantia de direitos territoriais aos povos originários, luta contra a concentração fundiária e denuncia da expansão de projetos que impactam a natureza.
O “trancaço” desta quinta foi uma reedição dos fechamentos das rodovias realizados no último dia 12, quando foram registradas paralisações na CE-187 em Crateús, na CE-085 em Caucaia e na CE-040 em Fortim. Naquele dia servidores públicos também promoveram protesto diante do Palácio da Abolição. Desta vez, o fechamento se deu apenas na rodovia CE-085, em Caucaia, impedindo a passagem de sete ônibus com trabalhadores a caminho do Complexo Portuário do Pecém.
A SINDUECE participou da manifestação ao lado do Fórum Unificado das Associações e Sindicatos dos Servidores Públicos do Ceará (FUASPEC), da Organização Popular (OPA), da Organização Popular Terra Liberta e da Unidade Classista (UP). Também participaram representantes da Regional NE 1 do ANDES, da SINDURCA e da SINDIUVA. De acordo com informações da OPA, ‘interlocução foi feita com o secretário Nelson Martins, da Assessoria Especial de Relações Institucionais do Governo do Estado, e uma audiência ficou de ser novamente marcada com a governadora Izolda.
A expectativa é que desta vez a reunião se concretize, já que no dia 15 de setembro uma comissão formada por movimentos populares e representações sindicais foi impedida de entrar no Palácio da Abolição. De acordo com explicações de integrantes do governo, o secretário Nelson Martins vetou a participação da coordenadora do FUASPEC, Eliene Uchoa, que integrava a lista de nomes escolhidos para compor a comissão popular.