A SINDUECE assina a nota conjunta em repúdio às atitudes do reitor-interventor da UFC e solidariedade à professora Helena Martins, do Instituto de Cultura e Arte da referida universidade. Caminhamos lado a lado com a ADUFC em defesa da democracia e da universidade pública! Confira abaixo a nota.
NOTA DE REPÚDIO ÀS PRÁTICAS ANTISSINDICAIS DA REITORIA DA UFC E PERSEGUIÇÃO A PROFESSORA
A intervenção da Universidade Federal do Ceará (UFC) aprofundou, no último sábado (9/4), o que se tornou uma prática recorrente desta administração superior: a criminalização do movimento sindical e o desprezo pela comunidade universitária. Em resposta à matéria publicada pela ADUFC-Sindicato, na última quinta-feira (7/4), que traz denúncias graves à conduta da universidade no combate à pandemia, a Reitoria tentou, mais uma vez, descredenciar a ADUFC como sindicato legítimo de representação docente. E foi muito além: atacou uma professora usando argumentos machistas e oportunistas ao tentar distorcer o seu trabalho e invisibilizar sua militância, reduzindo-a ao papel de “esposa de um parlamentar”.
Prestamos solidariedade irrestrita à Profª. Helena Martins, secretária-geral da ADUFC, pesquisadora e docente do Curso de Publicidade e Propaganda (ICA/UFC), representante de sua categoria no Conselho Universitário (Consuni), vítima de difamação com caráter machista e misógino partindo da Reitoria em nota publicada no site da UFC.
Repudiamos também a instrumentalização do portal de notícias da universidade, usado deliberadamente pelo interventor para fazer ataques a opositores, em um flagrante desvio de finalidade da comunicação institucional. É lamentável que a criminalização do interventor à atuação sindical se estenda a todas as manifestações políticas asseguradas pela democracia: movimentos sociais e estudantis, partidos políticos, mandatos parlamentares. Foi esse pensamento “apolítico”, que, em verdade, camufla o reacionarismo, que elegeu Bolsonaro presidente da República e resultou, posteriormente, na nomeação de candidatos sem votos da comunidade universitária como reitores de universidades federais.
O interventor da UFC e sua equipe baixam o nível de todas as formas, com ilações e declarações tão agressivas quanto evasivas, para esconder denúncias e escândalos. Exemplo disso é constatar que as questões levantadas pela ADUFC permanecem sem respostas. Por que o Comitê de Enfrentamento ao Coronavírus da UFC foi usado para defender e disseminar opiniões negacionistas vindo do núcleo central da Reitoria? Por que o vice-reitor Glauco Lobo sugeriu que a universidade comprasse remédios comprovadamente ineficazes para a Covid-19 (ivermectina e cloroquina)? Também continuam sem respostas os questionamentos aos gastos de R$ 1,5 milhão para a compra de testes que sabidamente não seriam eficazes, bem como a ausência de 11 atas de reuniões do comitê.
A cada ataque de fúria contra a comunidade universitária (despejados nos representantes de docentes, estudantes e servidores técnico-administrativos), fica evidente a fragilidade de uma gestão sem legitimidade, imposta pela intransigência de um governo federal que tenta exterminar a democracia. Essa prática truculenta é a escolhida por Cândido Albuquerque e seus asseclas para (não) lidar com as necessárias críticas à sua gestão, a mesma administração que deixou faltar comida no Restaurante Universitário (RU) já na primeira semana de aulas presenciais; que se negou a dialogar com estudantes e docentes; que persegue com redução de notas ou mesmo processa professores (especialmente se forem mulheres) por não suportar se deparar com as duras verdades que lhe dizem respeito.
A Diretoria da ADUFC-Sindicato foi eleita democraticamente pela categoria docente. Ao contrário do que diz a Reitoria da UFC, a entidade representa um grupo amplo de professores e professoras que têm se manifestado com críticas à administração superior tanto nas urnas quanto em reuniões do Conselho de Representantes da ADUFC e assembleias da categoria. São esses espaços que deliberam democraticamente as ações encaminhadas pela diretoria do sindicato. Não admitiremos, pois, as tentativas de intimidação e perseguição a docentes da UFC, especialmente com viés machista e misógino. Continuaremos cobrando respostas e denunciando todas as práticas ilegítimas, antissindicais e antidemocráticas da intervenção na UFC em uma defesa inegociável por transparência e por uma universidade pública, diversa e democrática.
Fortaleza, 11 de abril de 2022
Assinam esta nota:
ANDES-SN (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior)
ADUFC (Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará)
CUT-Ceará (Central Única dos Trabalhadores no Ceará)
SINTUFCE (Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais do Estado do Ceará)
SINDISIFCE (Sindicato dos Servidores do IFCE)
SINDUECE (Sindicato dos Docentes da Universidade Estadual do Ceará)
ADUFS (Associação dos/as Docentes da Universidade Federal de Sergipe)
Sindjorce (Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará)
ACI (Associação Cearense de Imprensa)
Fasubra Sindical (Federação dos Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil)
ADUR-RJ (Associação dos Docentes da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro)
SINASEFE (Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica)
SINASEFE Iguatu-CE
Intersindical Central da Classe Trabalhadora do Ceará
ABJD-Núcleo Ceará (Associação Brasileira dos Juristas pela Democracia)
STICCRMF (Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil de Fortaleza e Região Metropolitana)
SINDCONFE (Sindicato das Trabalhadoras na Indústria da Confecção feminina de Fortaleza)
SINTRO (Sindicato dos Trabalhadores em Transporte do Ceará)
UNE (União Nacional dos Estudantes)
UEE CE LIVRE (União Estadual dos Estudantes do Ceará/Livre)
APG-UFC (Associação dos Pós-Graduandos da Universidade Federal do Ceará)
Colegiado do Curso de Graduação em Serviço Social do IFCE – Campus Iguatu
DATA (Diretório Acadêmico Tristão Athayde – Comunicação Social/UFC)
DCE/UFCA (Diretório Central dos Estudantes da UFCA)
Centro Acadêmico Patativa do Assaré – Letras/UFC
Centro Acadêmico Raymundo Gomes Odontologia/UFC-Fortaleza
Liga Experimental de Comunicação (UFC)
Procuradoria Especial da Mulher da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará
ILAEDPD (Instituto Latino Americano de Estudos sobre Direito, Política e Democracia)
MST-Ceará (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra)
MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto)
NUCEPEC (Núcleo Cearense de Estudos e Pesquisa sobre a Criança)
Núcleo Popular
Brigadas Populares
Kizomba
Levante Popular da Juventude
Afronte – Juventude sem medo
Rua (Juventude Anticapitalista)
JPL (Juventude Pátria Livre)
Levante Popular da Juventude
União da Juventude Socialista – Ceará
Juventude Socialista Ceará e o Movimento Reinventar
União da Juventude Rebelião
JPT – Ceará (Secretaria de Juventude do PT)
Movimento Correnteza
Juntos!
Setorial de Mulheres Rosa Luxemburgo (PSOL)
Coletivo Feminista Rosas que Falam
Coletivo de Assistentes Sociais Flor do Urucum
Coletivo Sindical Travessia
Coletivo Resistência Feminista
Mandata Coletiva Nossa Cara (PSOL)
Mandato da Deputada Estadual Augusta Brito
Associação Indígena do Povo Anacé da Aldeia Cauípe
Associação Espírita de Umbanda São Miguel
Associação dos Moradores do Bom Jardim
Ulepicc-Brasil (União Latina de Economia Política da Informação, Comunicação e da Cultura)
Rede DLIS do Grande Bom Jardim
Instituto Maria do Carmo
MMM (Marcha Mundial das Mulheres)
Frente de Mulheres do Cariri
Casa de Cultura e Defesa da Mulher Chiquinha Gonzaga
Frente de Luta por Moradia Digna
CMP (Central de Movimentos Populares)
Comissão Titã
Ser Ponte
QUINTAU Coletivo
ZEIS Dionísio Torres
Telas (Laboratório de Tecnologia, políticas e economia da comunicação)
GRUNEC (Grupo de Valorização Negra do Cariri)
MNU (Movimento Negro Unificado)
Coletivo Enegrecer
MCL (Movimento Caminhando em Luta)
Coletivo Feminista Classista Ana Montenegro Ceará
CONAQ (Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas)
Associação dos Remanescentes do Quilombo dos Caetanos em Capuan/Caucaia-CE
Cáritas Brasileira – Regional Ceará
Movimento Igreja em Saída Ceará
Articulação das Pastorais Sociais, Cebs e Organismos da Diocese de Tianguá
Articulação das Pastorais Sociais, Cebs e Organismos do Regional NE1
Conselho Nacional dos Leigos do Brasil Regional NE1
PCB (Partido Comunista Brasileiro)
Unidade Classista
Centro Acadêmico Alan Turing/Ciências da Computação-UFC
Fepoince (Federação dos Povos e Organizações Indígenas do Ceará)
Instituto Terramar de Pesquisa e Assessoria de Pesca
MAM (Movimento Pela Soberania Popular na Mineração)
Movimento 21
UJC (União da Juventude Comunista)
Ecoar – Juventude Ecossocialista
Fogo no Pavio
Movimento Fé e Política Ceará
Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social
MLB (Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas)
MLC (Movimento Luta de Classes)
Movimento de Mulheres Olga Benário
Movimento Correnteza
UJR (União da Juventude Rebelião)
UP (Unidade Popular pelo Socialismo)
Coletivo Estadual de Mulheres do PT Ceará
Mandato da Vereadora Larissa Gaspar (PT)
Executiva do PSOL Ceará
MCP (Movimento dos Conselhos Populares)
DABio (Diretório Acadêmico de Biologia)
CAPF (Centro Acadêmico Paulo Freire – Pedagogia/UFC)
Centro Acadêmico XII de Maio (Medicina/UFC)
DABio (Diretório Acadêmico de Biologia)
CABN (Centro Acadêmico Ciências Sociais/UFC)
CAGB Gestão Jaqueline Goes de Jesus
DADAs (Diretório Acadêmico dos Cursos de Dança)
Diretório Acadêmico Química/UFC
Centro Acadêmico Sônia Gusman (Fisioterapia/UFC)
Centro Acadêmico Biotecnologia UFC
Centro Acadêmico Georgescu-Roegen (Economia Ecológica/UFC)
Centro Acadêmico Estatística UFC
CAEA (Centro Acadêmico Engenharia Ambiental de Fortaleza/UFC)
*Atualizada às 13h27 do dia 13 de abril de 2022
*Texto retirado do site da ADUFC.