SINDUECE

Sinduece participa de ato pela reposição salarial e direitos sociais na Assembleia Legislativa

Ontem (18), a Sinduece esteve na Assembleia Legislativa do Ceará (ALECE) para exigir que a Lei Orçamentária Anual (LOA), cuja votação está prevista para esta quinta-feira (19), contemple o índice de 8,67% de reposição salarial para servidoras e servidores públicos.

Críticas ao descumprimento da data-base
A entidade criticou a postura do governador Elmano de Freitas, que aplicou uma reposição salarial válida apenas a partir de agosto, sem retroativos. Representantes do Fórum Unificado das Associações e Sindicatos dos Servidores Públicos do Ceará (Fuaspec) alertaram que, “mesmo sendo anunciado como ganho real de 1%, o atraso no reajuste faz com que ele seja corroído pela inflação, não representando um ganho efetivo”.

Encaminhamentos após reuniões com parlamentares
O ato conquistou que uma comissão do Fuaspec fosse recebida para uma reunião com o novo líder do Governo, Romeu Aldigueri (PT), e o deputado De Assis Diniz (PT). Entre os encaminhamentos relatados por Ravena Guimarães, coordenadora do Fuaspec, destacam-se:

  • Compromisso de Romeu Aldigueri em dialogar com o governador para evitar atrasos e atropelos no processo de reajuste salarial em 2025;
  • Encaminhamento da LOA à votação no plenário hoje (19);
  • Reunião agendada para hoje (19), às 9h, entre representantes do Fuaspec e o secretário da SEPLAG, Cialdini.

Denúncias de retrocessos sociais e ambientais
Raquel Dias, vice-presidenta da Sinduece, utilizou o espaço do ato público para criticar propostas do governo que contradizem premissas progressistas. As denúncias incluem: inclusão da Bíblia no currículo escolar, classificada como uma medida fundamentalista; e votação de lei que libera a pulverização aérea de agrotóxicos, prática que ameaça a saúde pública e a agricultura familiar.

“É preciso denunciar que esse governo, ao tomar essas decisões, esquece os grupos sociais e ideias que dizia defender, alinhando-se aos grandes grupos econômicos ao invés de defender o serviço público”, denunciou Raquel. Ela também reforçou a necessidade de cumprimento da data-base e de respeito às servidoras e servidores, destacando que “o estado é superavitário, mas já virou tradição precisarmos pressionar, às vésperas do fim de ano, para impedir retrocessos”.

Atos e mobilizações continuam
Durante o ato, reforçou-se o compromisso de continuar a luta por uma agricultura sustentável e contra a pulverização de agrotóxicos: “Chuva de veneno nunca mais!”.

A previsão é que nesta nova rodada de negociações com a SEPLAG, que acontece agora pela manhã, seja apresentada uma contraproposta concreta para o reajuste salarial. A Sinduece mantém a mobilização e a pressão até que os direitos das trabalhadoras e trabalhadores sejam respeitados.

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