Representada por sua vice-presidenta, Raquel Dias, a SINDUECE participou na manhã desta segunda-feira (8) de reunião com a liderança do governo na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece) na presença de outros deputados estaduais e junto ao Fórum Unificado de Associações e Sindicatos dos Servidores Públicos do Ceará (Fuaspec). Raquel também estava representando o Fórum das Três, que inclui além da SINDUECE, SINDURCA e SINDIUVA. Na avaliação dela, a audiência representou um avanço nas tratativas da campanha salarial que a Mesa Estadual de Negociação Permanente (MENP) não havia obtido e conquistou reunião com o governador Elmano de Freitas para a tarde do mesmo dia.
Em relação à proposta real de reposição salarial, poucos avanços foram apresentados pelo governo, já que o índice de 5,8% foi mantido de forma parcelada, sendo a primeira parcela de 3% a ser paga em junho (com retroativos de janeiro/maio a ser pagos em dezembro) e a segunda de 2,8% sem retroativos, mas antecipada para agosto. Além disso, a liderança ofereceu o mesmo índice para reajuste do auxílio-alimentação e o recuo na tentativa de alteração da lei da data-base. Adicionalmente, reconheceu as perdas salariais entre 2015 e 2022, dispondo-se a construir o plano de recomposição salarial.
Pelo condicionamento da realização da reunião com o governador à aprovação desta proposta pelo conjunto dos servidores, as três seções sindicais dos docentes das universidades estaduais se abstiveram. Na última sexta-feira (5), a base docente da SINDUECE deliberou que as negociações com o governo deveriam se dar com índice mínimo de 10% de reposição salarial e reconhecimento das perdas inflacionárias. Por isso, seguiremos na luta pela recomposição dos vencimentos que nos últimos oito anos perderam 37,08% do poder de compra.