A Assembleia de Docentes realizada na noite desta quinta-feira (13) foi iniciada com um minuto de silêncio em homenagem à Liana Leitão, aluna do curso de Geografia da UECE. Segundo informações publicadas em matérias de jornais e postagens nas redes sociais, o corpo de Liana foi encontrado pela polícia nas proximidades do Açude Gavião, em Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza, com marca de tiro.
“Liana Leitão era uma militante aguerrida, professora voluntária do cursinho para termos mais jovens na nossa UECE, integrante do Grupo de Pesquisa NATERRA, que foi retirada da sua casa e assassinada. Queremos registrar nosso apoio e solidariedade à família da Liana e seus amigos de vida e de luta”, afirmou a presidente da SINDUECE, Virgínia Assunção, durante abertura da assembleia. “Estamos em um cenário de morte, um genocídio. Nossas famílias choram as 420 mil mortes pela Covid, as perdas que poderiam ser evitadas e a dor pela morte violenta da Liana”, lamentou.
Liana Sandra Leitão era uma pessoa ativa nas lutas e compromissada com as causas sociais. Estudante de Geografia na UECE, também era educadora da Escola Família Agrícola Jaguaribana, integrante do Grupo de Pesquisa NATERRA, coordenado pela professora Camila Dutra do Curso de Geografia (CCT-UECE), e membra do M21, dentre inúmeros outros coletivos e movimentos dos quais fazia parte. Na última terça (11) foi vítima de um crime bárbaro, assassinada em meio ao cenário de violência urbana que assola a periferia de Fortaleza, sobre o qual a SINDUECE cobra investigação das autoridades e pede #JustiçaParaLiana. “Quando um de nós tomba, nenhum minuto de silêncio, mas toda uma vida de luta. Liana, presente!”, concluiu Virgínia.