Por todo o país, ampliam-se os relatos de docentes sobre experiências de censura e de uso da totalidade da artilharia institucional para excluir a divergência. A postura, fruto do fascismo legitimado no governo Bolsonaro, não pode ter espaço fértil nas instituições de ensino; que, por sua vez, devem se fortalecer como palcos democráticos marcados pelo debate e pelo confronto ideológico em termos respeitosos.
Defendemos a livre produção de conhecimentos enraizada na possibilidade das diferenças de ideias e da liberdade de expressão. Repudiamos toda tentativa para calar às divergências e queremos florescer uma Universidade capaz de exprimir a beleza do respeito e da convivência entre diferentes.
Por isso, a SINDUECE registra solidariedade ao Prof. Henrique Tahan Novaes e a toda a comunidade acadêmica da UNESP que tem vivido a perseguição política como tentativa de silenciamento característica de nossos tempos. Henrique, por atuar como direção sindical, tem sofrido inquéritos persecutórios.
A semelhança do caso com o que ocorre na UFC e na UNILAB demonstra que este é um projeto nacionalizado que, inicialmente implementado pelas reitorias de Universidades Federais, agora se amplia às Universidades Estaduais com o uso da gestão pública para amordaçar professores.
A luta por liberdade de cátedra, por democracia universitária e por garantia aos direitos políticos de docentes é, antes de tudo, nossa prática cotidiana a cada espaço formativo. Por isso, seguimos firmes para ousar ecoar nossa voz!