Celebramos com nossas companheiras e companheiros da educação básica a conquista de uma vitória que não é apenas um reajuste salarial, mas a reafirmação da força da categoria organizada e da luta sindical como ferramenta essencial para garantir direitos.
No final de janeiro, a mobilização das educadoras/es municipais já havia conquistado um avanço importante: o reajuste de 6,27% com retroativos para profissionais do magistério, assistentes da educação infantil e secretários de unidade escolar de Fortaleza. Todavia, com o avançar dos dias, ainda não havia clareza sobre o teor do projeto de lei que formalizaria esse compromisso.
Quando o Sindicato União dos Trabalhadores em Educação de Fortaleza (Sindiute) finalmente teve acesso ao texto, no dia 4 de fevereiro, ficou evidente que havia inconsistências graves. A entidade expôs que o projeto apresentado não refletia o acordo firmado e impunha prejuízos à categoria, especialmente nas tabelas salariais! O texto restringia o reajuste e ameaçava a isonomia entre ativos, inativos (com paridade), substitutos e demais profissionais da educação.
A resposta veio de imediato: a categoria não aceitou e intensificou a mobilização! O sindicato manteve as trabalhadoras e trabalhadores mobilizados durante todo o dia na Câmara Municipal, garantindo que o texto fosse alterado antes da aprovação. A luta coletiva foi determinante para impedir que mais um ataque aos direitos passasse despercebido. Com a pressão, o projeto foi corrigido e aprovado garantindo que o reajuste seja aplicado na folha de fevereiro.
Episódios como esse deixam claro o que nós nunca podemos esquecer: quando a categoria se une, a vitória é certa! A mobilização nas ruas, as paralisações e a resistência dos trabalhadores e trabalhadoras da educação demonstraram, mais uma vez, que nenhum direito é dado, todo direito é conquistado! A palavra de ordem se fez valer: “Não vai ter aula, vai ter luta!”
Essa vitória reforça uma lição fundamental: não podemos normalizar seguir com o trabalho cotidiano enquanto nossos direitos são atacados. A luta organizada é o único caminho para barrar retrocessos e avançar nas conquistas.
Nosso reconhecimento ao Sindiute, que conduziu com firmeza a mobilização e mostrou a força do sindicalismo combativo. Um sindicato forte é uma categoria forte, e uma categoria forte é uma categoria vitoriosa! Que essa conquista reforce a importância da luta coletiva, da defesa da educação pública de qualidade e inspire novas mobilizações em defesa dos nossos direitos, pois só a luta muda a vida.